Desde o nascimento, carregamos um “chip invisível” — uma programação simbólica que condiciona nossos pensamentos, escolhas e emoções. Esse chip representa a herança cultural, espiritual e familiar que nos impede de exercer um livre-arbítrio verdadeiro. Mas será que essa liberdade que tanto buscamos é real… ou apenas uma ilusão?
Este texto nos convida a refletir sobre como vivemos aprisionados em zonas estacionárias, repetindo padrões de comportamento e crenças limitantes, muitas vezes sem perceber. Na espiritualidade, isso se assemelha a operar dentro de uma inteligência artificial invisível — e o médium, muitas vezes, vive como um mero “usuário” desse sistema, quando na verdade é chamado a ser o programador de sua própria consciência.
Logos e Pathos, razão e emoção, estruturam o universo e nosso campo espiritual:
Logos: ordem cósmica, disciplina, sabedoria racional (como Xangô e Oxalá).
Pathos: emoção, entrega, intuição, êxtase (como Oxum e Iemanjá).
A verdadeira liberdade espiritual surge quando integramos essas forças, deixando de apenas obedecer à estrutura e começando a cocriar com ela. Na Umbanda, essa fusão é essencial: rituais ganham força quando unem conhecimento (Logos) com entrega e fé (Pathos).
Mensagem Final: Libertar-se do “chip” é reconhecer-se como arquiteto do próprio caminho. O médium desperto é aquele que une mente e coração, conhecimento e sentimento, e caminha não por impulso ou programação, mas por consciência. Só assim podemos deixar de ser peças do jogo cósmico e nos tornar cocriadores da realidade espiritual.